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A mostrar mensagens de julho, 2016

Esta cruel valsa fúnebre...

J.-M. Nobre-Correia Média : Uma ininterrupta sucessão de demissões e nomeações nas direções de importantes jornais de informação (impressos, radiofónicos, televisivos e digitais) deixa recear mais um acelerar da crise do que a sua ultrapassagem… Para quem viveu quase toda a vida de adulto no estrangeiro e frequentou logo de início os média do país de residência como dos países limítrofes, Portugal constitui um caso espantoso. Um caso cuja especificidade é nomeadamente ilustrada pela “valsa” atual nas direções de diversos média. “Valsa” cujos primeiros passos começaram a ser dados há meses atrás e dizem respeito à maioria dos diários, dos semanários, dos radiojornais e dos telejornais que contam. A primeira caraterística que espanta nesta “valsa” é o facto de se tratar largamente de permutas entre membros de um pequeno microcosmos. Entre gente que se conhece, que se frequenta, que muitas vezes mantem relações de amizade …que não impedem um omnipresente e acutilante sentimento

Insuficiências muito incapacitantes

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J.-M. Nobre-Correia Professor emérito de Informação e Comunicação da Université Libre de Bruxelles Quando a apregoada “qualidade de vida” é de facto de “baixa densidade”… Andam por aí umas teorias que afirmam que é “no interior” que, em Portugal, há “qualidade de vida”. E, com esta noção, os seus apregoadores entendem qualidade do ar que se respira, proximidade dos locais frequentados no dia-a-dia, menor tensão no ritmo de vida, contactos familiares assíduos, relacionamento fácil, sociabilidade mais concreta, baixo custo de vida,… Uma série de frases feitas que nem sempre correspondem à realidade. Não impede que em congressos, colóquios e demais conferências se discorra repetidamente sobre esta “qualidade de vida”, considerando os oradores que só o fraco desenvolvimento económico impede que se viva em situação quase ideal. Embora alguns, um pouco mais lúcidos, acrescentem também a falta de natalidade capaz de assegurar o futuro demográfico e até, melhor ainda, de inverter