Neste
verão de São Martinho (l’été indien, como dizem os francófonos…) — cheio de céu
azul, sol e calor — no Parque Verde, à beira do Mondego, ao fim da manhã…
Não tenho por hábito falar de mim, nem nos textos nem as fotos que ponho com bastante regularidade no Facebook. Deixem-me porém fazer hoje uma exceção… Desde os meus 10-11 anos de idade que a informação de atualidade me seduz. A informação na rádio e nos jornais primeiro, e depois mais tarde em televisão. Miúdo, fazia jornais em casa e comecei a escrever em verdadeiros jornais aos 15 anos. No exílio, a minha primeira das duas formações académicas foi na área da informação e da comunicação. Foi nesta área que depois fui investigador e docente durante 41 anos em três países europeus diferentes. E é nessa área que tenho publicado centenas de artigos e uma dezena de livros (em francês e em português) como autor único. Desde que resido em Portugal, já lá vão 11 anos, tenho tido momentos de curta duração em que, em matéria de televisão, me tenho limitado a ver os títulos inicias dos telejornais (…quando há títulos !), tão escabroso me parece em geral o tratamento da atualidade que é o deles.
J.-M. Nobre-Correia Como é possível que a direção da informação da RTP tenha ousado pôr um José Rodrigues dos Santos, personagem altamente tendencioso em toda a informação que trata, a entrevistar um candidato ao secretariado geral do Partido Socialista e potencial primeiro-ministro ?! Basta ver os assuntos com que aborda inicialmente a entrevista. Por enquanto (às 20h45) nada, absolutamente nada, diz respeito ao futuro do partido e do governo. Nada sobre projetos para o futuro ! À s 20h46 evoca então o futuro. Mas uma vez mais o que lhe interessa é saber o que se passará em termos de alianças com outros partidos ! E mais concretamente se se vai aliar com os papões BE e PCP ! Assim a atitude do entrevistado perante os casos atualmente em justiça referente a personagens do PS. Como é que a pública RTP não tem VERGONHA, vergonha, de deixar este indivíduo cheio de tiques de toda a ordem apresentar um telejornal e entrevistar um homem político, seja ele qual for ? E como é que os homens p
J.-M. Nobre-Correia Com o golpe de Estado palaciano de 7 de novembro, quis alargar os poderes que se foi atribuindo para além do que estipula a Constituição. Como irresponsável congénito, pouco lhe importa o caos de que acendeu a mecha… Sabíamos que o atual residente em Belém foi dispensado de prestar serviço militar nas colónias porque o papá era ministro salazarista e o “padrinho” in petto era presidente do Conselho. Como sabíamos que, por ocasião do Congresso da Oposição de 1973 em Aveiro, escreveu ao “padrinho” para denunciar as manobras comunistas (quando a sorte que a Pide reservava aos comunistas era particularmente dolorosa). Como sabíamos ainda que passou uma boa quarentena de anos a intrigar e a instrumentalizar os cidadãos, do Expresso à TVI (e Francisco Pinto Balsemão como Paulo Portas que o digam), em intervenções a que chamava “comentário político”. Não impede que esta omnipresença em jornais, em rádio e em televisões lhe deu uma tal notoriedade que o dispenso
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