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A mostrar mensagens de maio, 2019

Uma obsessiva omnipresença

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J.-M. Nobre-Correia No pós-25 de Abril, o atual chefe de Estado concebeu informação em proveito próprio que em nada dignifica o jornalismo… É evidente que, depois da manifesta falta de dimensão de homem de Estado do seu predecessor, o novo titular da função teria um acolhimento positivo. E como o novo eleito é um personagem caloroso e sorridente, quando o outro era cinzentonamente crispado, grande parte dos cidadãos acolheu-o naturalmente com curiosidade, simpatia e até entusiasmo. No entanto, é notório que o atual presidente da República foi lentamente alargando o espaço da sua intervenção pública. Ultrapassando cada vez mais os limites da função e tomando repetidamente iniciativas que, nos termos da Constituição, não são da sua competência. Abuso que só a fragilidade parlamentar congénita do presente governo permite compreender que não suscite confrontações graves e seja tolerado. Mas há um domínio em que a conceção da presidência pelo atual locatário de Belém é absolutament

Mon hommage à Michel Fromont

Personne qui a eu de très hautes responsabilités dans les médias belges me dit, de Bruxelles, que  Le Soir n’a pas consacré un seul mot au tout récent décès de Michel Fromont. Michel Fromont a été directeur général de  La Nouvelle Gazette , d’abord, de  La Meuse , ensuite, et du group Sud Presse qu’il a réé, finalement. Et c’esr en tant que directeur général de  La Nouvelle Gazette que, un des tout premiers, il z u le sentiment qu’il fallait que la presse quotidienne se diversifie vers les radios locales naissantes et a lancé  RFM Charleroi en 1983, si j’ai bon souvenir (n’ayant pas ma documentation sous la main). Avant ça, Michel Fromont a été secrétaire général de l’AGJPB, jouant le rôle que l’on imagine aisément au sein de cette association professionnelle forcément présente dans l’actualité des médias. Michel Fromont joua surtout un rôle important et déterminant dans l’opposition frontale à l’arrivée de Robert Hersant au sein du groupe Rossel et plus particulièrement dans la

Do grau zero da “análise”

J.-M. Nobre-Correia Miguel Sousa Tavares ou a indigência de um certo “colunismo” de “comentador” todo-o-terreno… Estamos assim: Miguel Sousa Tavares, grande especialista em todas as matérias (política nacional, política internacional, economia, finanças, ecologia, futebol…) propôs aos leitores do  Expresso de sábado passado um texto em que fala nomeadamente do Alqueva sob o título “A Catalunha e Espanha” ! Para além disto, Sousa Tavares não propõe a mínima informação inédita nem a mais ténue argumentação sobre o tema anunciado pelo título. Antes se limita a alinhar insultos a “intelectuais — alguns do tipo pronto-a-vestir e pronto-a-aderir”, muitos dos quais professores universitários reconhecidos internacionalmente, que ousaram publicar no  Público de 23 de abril um manifesto assinado por 63 individualidades : “Pela democracia e pelas liberdades na Catalunha”  [i] . Assim como ao “anterior chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, do PP, a quem, entre outras debilidades, a inte