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A mostrar mensagens de fevereiro, 2021

A melhor defesa é o ataque, pensam eles…

  J.-M. Nobre-Correia Quando uma “carta aberta”, que poderia ter levado a um diálogo franco e aberto, leva a uma saraivada de tiros de barragem… De certo modo inesperadas, as reações à “Carta aberta às televisões generalistas nacionais”, publicada no  Público  de terça-feira 23 de fevereiro, permitem fazer três constatações. As críticas ferozes à dita “carta” vieram sobretudo dos meios políticos e jornalísticos de direita conservadora e mesmo de extrema-direita. E permitem tirar uma primeira conclusão: estas direitas estão globalmente satisfeitas com a informação jornalística praticada pelas televisões generalistas e mais particularmente pela RTP, que por vezes evocam nas ditas críticas. Antecipou-se a estas reações da direita conservadora e radical um texto assinado pelo conjunto da direção da informação da RTP Televisão, igualmente subscrita pelo conselho de redação. O que significa que estes subscritores se sentiram particularmente visados, vá-se lá saber porquê… Os qualificativos u

Evoluções de que não se fala…

J.-M. Nobre-Correia Já repararam que o semanário  Sol  passou a chamar-se  Nascer do Sol  e que o diário  I , do mesmo grupo, passou agora a ter como cabeçalho um  N  com uma bolinha em cima (a lembrar a bolinha da letra “i”) e neste  N  se encontra incrustado um  Inevitável ?! E ninguém nos diz nada nos média sobre estas evoluções concluídas ou anunciadas nos dois jornais? Como explicá-las? Quais as razões destas estranhas mudanças?…  

Isto de facto está espantoso!

J.-M. Nobre-Correia Os bancos neste país estão de facto a funcionar de maneira bastante curiosa!… Precisando eu que me prestem um serviço, apresento-me numa (chamemos-lhe) empresa. Anunciam-me que a prestação do serviço me custará 1 600 euros: 800 pagos por ocasião da primeira prestação e os outros 800 aquando da última. Como o simples cidadão que sou não se passeia com 800 euros no bolso e como a dita empresa não dispõe de um terminal Multibanco, vou buscar as notas necessárias a uma daquelas máquinas incrustadas nas paredes que dão dinheiro (como dizia uma criança que eu conhecia)! O problema é que só possível tirar de lá até 200 euros. Pelo que tenho que ir à sede local da Caixa Geral de Depósitos, a chamada “banca pública”. Onde, sem mo anunciarem, me fazem pagar uma “comissão” de 5,15 euros, o que descubro dias depois ao consultar a minha conta. Passadas duas semanas, volto para tirar outros 800 euros. E fazem-me pagar uma nova “comissão” de 5,15 euros. Perante o espanto e a inter

José Afonso 34 e 45 anos depois

Em janeiro de 1976, José Afonso esteve em Bruxelas para um concerto. Depois foi a minha casa com Zélia, para um entrevista para o semanário "Notre Temps", de Bruxelas. Da entrevista tenho a cassete som (em francês), a datilografia e o jornal em que foi publicada. Pus a mão nas duas primeiras, mas é-me difícil pôr imediatamente a mão no exemplar do jornal!   A datilografia é do tempo em que não havia ainda computadores pessoais, pelo que era escrita à máquina e fazia-se uma cópia a papel químico. O que explica que não seja de uma perfeita nitidez , embora seja perfeitamente legível.   Tentei pôr  aqui a cópia  das 22 páginas  do documento datilografado desta entrevista com 45 anos, neste dia em que se comemoram 34 anos do falecimento de José Afonso , mas não consegui tecnicamente fazê-lo (procurarei ver se há uma solução). Documento que foi traduzido para português (e que eu revi) e cuja publicação está prevista num libro em preparação…  

Há cartas e cartas! E “especialistas”…

J.-M. Nobre-Correia Uma vez mais, o telejornal das 13h00 da RTP propôs-nos uma abertura sobre o seu inevitável covid que durou até às 13h29! E, na abordagem deste tema, tivemos direito a uma longa sequência sobre a “carta aberta” de uma centena de “especialistas” que preconizam a reabertura das escolas. “Especialistas”? Especialistas em quê? Quantos médicos havia por lá que manifestamente não devem ter absolutamente competência nenhuma em matéria de virologia, de infectologia e de pandemia! E quantos outros subscritores com formações académicas que nada têm a ver com as ciências da saúde! Para não falar nos tudólogos que, como se sabe, são competentes em toda a espécie de matérias! O telejornal propôs-nos aliás um “direto” com uma economista que se transformou num interminável monólogo, mas que, no fim, ficou “obrigadíssima” à RTP. Pudera: a RTP contribuiu assim para aumentar a sua visibilidade de tudóloga mediática. No mesmo dia em que foi publicada esta “carta aberta” foi publicada o

Outro mundo, tão distante!…

No telejornal de hoje das 20h00 (19h00 em Portugal) da pública France 2, o tema da pandemia/vacinação apareceu em terceiro lugar (depois de dois outros assuntos, portanto) e as diferentes “peças” sobre o assunto duraram exatamente 10 minutos… O dito telejornal durou precisamente 35 minutos. E tivemos direito à neve no Texas, ao nascimento de um bebé de uma mãe sem útero, a um documento pedagógico sobre a conquista espacial (e à aterragem prevista para amanhã em Marte), a uma peça sobre as escroquerias com os bitcoins, a uma reportagem sobre as crianças francesas nos campos de refugiados na Síria, à pintura de Winston Churchill e a não sei que temas mais… E vejam lá: não houve futebol nenhum, nenhum! Ai este franceses!…  

Esta vergonha não pode continuar !

J.-M. Nobre-Correia Haverá por aí — na ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social), no Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas e na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista — responsáveis lúcidos e corajosos, que tomem a iniciativa de denunciar publicamente as direções da informação das estações de televisão portuguesas, que emitem jornais e demais emissões de informação, por manifesto abuso da liberdade de informar e prática constante de desinformação com a percetível vontade de afetar a paz social e perturbar o processo de combate à pandemia?… Cidadãos portugueses, temos direito a uma informação de qualidade, rigorosa e serena, e não queremos continuar a tolerar sermos alvo de uma ação com laivos de terrorismo social e de atentado permanente à Democracia, particularmente evidente desde que a pandemia atingiu o país. E os semeadores de alarmismo, de ódio, de desconfiança e de pânico têm que nos prestar publicamente contas, porque vivemos e queremos continuar

Pavões em tempos de pandemia

Afinal o meio médico e enfermeiro português está cheio de pavões que, de há um ano para cá, passam o tempo a fazer declarações às televisões ou mesmo a estarem nos estúdios das televisões às horas dos telejornais. Depois, falam muitas, muitas vezes da “falta de pessoal”: pudera! Não se pode estar na rua perante as câmaras de televisão ou mesmo nos estúdios das televisões e estar ao mesmo tempo a trabalhar, exercendo a profissão pela qual são pagos! Manifestamente, porém, estes médicos e enfermeiros não têm vergonha nenhuma, quando muitos deles andam há um ano a pavonear-se regularissimamente perante as câmaras de televisão!…