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A mostrar mensagens de maio, 2023

Uma obsessão suicidária

Nos países por onde andei, estudei e trabalhei, e de continuo a seguir diariamente os média, há uma constante que nunca fui capaz de compreender. Ou melhor: apesar de uma das minhas formações ser nessa área académica, nunca fui capaz de compreender tal tática ou estratégia política. De facto, nunca fui sobretudo capaz de compreender politicamente que formações de esquerda radical ou de extrema esquerda, nas declarações dos seus dirigentes, nas entrevistas e nas análises nos média, nas intervenções nos parlamentos (quando lá têm representantes), tenham como preocupação obsessiva permanente atacar antes do mais as outras componentes da esquerda. E sobretudo atacar aquela que, em termos eleitorais e também, quase sempre, em termos sociais e sindicais, é a principal componente da esquerda. A razão desta preocupação obsessiva? Porque, segundo essas formações minoritárias, esta principal componente era ou é “revisionista” (termo que passou de moda há já bastante tempo!), ou “social-democrata

Uma investigação jornalística indispensável

    Na atualidade agitada e omnipresente destes últimos dias (em todos os géneros de média), há um ponto que é por vezes rapidamente evocado aqui e ali, mas que continua por esclarecer com o devido rigor : • qual é a natureza das relações antigas e atuais do homem do computador com o Bloco de Esquerda ? • qual tem sido a atitude do Bloco de Esquerda nesta atualidade, quer em intervenções dos seus parlamentares na Assembleia da República, quer em declarações dos seus líderes aos média, assim como em comunicações e demais textos eventualmente publicados a este propósito ? Vivemos um momento histórico extremamente problemático e preocupante no que diz respeito ao futuro do Estado de direito e da democracia portuguesa. E, claro está, um momento igualmente determinante no que se refere à posteridade da esquerda em Portugal. Seria pois particularmente importante que um jornal (de preferência um jornal escrito) realizasse uma investigação serena, aprofundada e rigorosa, sem a priori, de modo

Deixem-me fazer uma confissão

Não tenho por hábito falar de mim, nem nos textos nem as fotos que ponho com bastante regularidade no Facebook. Deixem-me porém fazer hoje uma exceção… Desde os meus 10-11 anos de idade que a informação de atualidade me seduz. A informação na rádio e nos jornais primeiro, e depois mais tarde em televisão. Miúdo, fazia jornais em casa e comecei a escrever em verdadeiros jornais aos 15 anos. No exílio, a minha primeira das duas formações académicas foi na área da informação e da comunicação. Foi nesta área que depois fui investigador e docente durante 41 anos em três países europeus diferentes. E é nessa área que tenho publicado centenas de artigos e uma dezena de livros (em francês e em português) como autor único. Desde que resido em Portugal, já lá vão 11 anos, tenho tido momentos de curta duração em que, em matéria de televisão, me tenho limitado a ver os títulos inicias dos telejornais (…quando há títulos !), tão escabroso me parece em geral o tratamento da atualidade que é o deles.