Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2021

Um erro que se repete, repete, repete…

Imagem
J.-M. Nobre-Correia Diz-se por aí que o  Diário de Notícias  festeja hoje o seu 157° aniversário. E até o próprio  Diário de Notícias  o diz. Só que em 29 de dezembro de 1864 foi publicado apenas um “programma”. E foi publicado outro no dia 30. Mas já não houve um terceiro “programma” em 31… Com efeito, o primeiro número do  Diário de Notícias , com a indicação de “N. 1” tem data de “DOMINGO 1 DE JANEIRO” (subentendido: de 1865). E lá está o editorial intitulado “Ao Público”, tendo como primeira frase: “O Diário de Notícias começa hoje o primeiro período da sua existência […]”. A imprensa portuguesa deste fim do século XIX tinha muitas vezes por modelo a imprensa francesa, que era então a que alcançava maiores tiragens na Europa, com diários como  Le Petit Journal ,  Le Petit Parisien ,  Le Matin  e  Le Journal  que, em véspera da Primeira Guerra Mundial, alcançavam em conjunto mais de 4 milhões de exemplares de difusão (Ver a minha  História dos Média na Europa , pp. 156-162 e 168). E

Um "Jornal do Fundão" bem singular

  J.-M. Nobre-Correia Tinha lido não sei onde (provavelmente no próprio jornal da semana passada) que a RTP ia consagrar uma emissão ao “Jornal do Fundão”. Porém, não tomei nota e confesso que tal anúncio não despertou particularmente o meu interesse. Pelo que, quando a emissão passou ontem, encontrava-me noutras ocupações… Quis amavelmente uma colega mandar-me uma mensagem por telemóvel a assinalar-me a emissão, já esta tinha começado há uns 20 minutos. Liguei o televisor, vi uns três ou quatro minutos, mas o que vi estava demasiado ficcionado e desliguei. Hoje, porém, ao ver no Facebook várias reações à emissão, achei que deveria vê-la. E, no fim de contas, fiz bem tê-la visto. Como nasci no Fundão, fui “redactor-estagiário” (nos termos de António Paulouro) do “Jornal do Fundão” na minha juventude, nele escrevi por intermitência durante 50 anos e sou profissionalmente aquilo que sou, sem abordar aspetos mais essenciais permito-me, no entanto, fazer aqui dois reparos. Os autores da em