Opções de uma singularidade
J.-M. Nobre-Correia De súbito, ao romper da aurora, descobre-se no Facebook uma curta mensagem que parecia incompreensível. Depois, muito rapidamente, muitas outras se foram sucedendo e espevitando as réstias de sono. Era então verdade: o Fernando Paulouro Neves tinha falecido! De improviso. Brutalmente. Quando ainda na véspera apresentava a sua última criação literária… Lendo os imensos textinhos que foram aparecendo depois ao longo do dia, experimenta-se o sentimento de que tudo foi dito e redito. Que mais nada se poderá acrescentar de realmente novo. Mesmo se, com os nossos seis meses de diferença de idade, eu até poderia recordar os anos de juventude passados juntos na redação do jornal do seu tio António Paulouro. Porém, a grande maioria dos anos em que Fernando Paulouro Neves assumiu responsabilidades de chefe de redação e de direção do Jornal do Fundão , vivi-os à distância. Longe do Fundão. Noutro país e, de certo modo, numa área conexa. E é desta área conexa que quero aqu...