O residente de Belém ganhou mesmo?
J.-M. Nobre-Correia Com o golpe de Estado palaciano de 7 de novembro, quis alargar os poderes que se foi atribuindo para além do que estipula a Constituição. Como irresponsável congénito, pouco lhe importa o caos de que acendeu a mecha… Sabíamos que o atual residente em Belém foi dispensado de prestar serviço militar nas colónias porque o papá era ministro salazarista e o “padrinho” in petto era presidente do Conselho. Como sabíamos que, por ocasião do Congresso da Oposição de 1973 em Aveiro, escreveu ao “padrinho” para denunciar as manobras comunistas (quando a sorte que a Pide reservava aos comunistas era particularmente dolorosa). Como sabíamos ainda que passou uma boa quarentena de anos a intrigar e a instrumentalizar os cidadãos, do Expresso à TVI (e Francisco Pinto Balsemão como Paulo Portas que o digam), em intervenções a que chamava “comentário político”. Não impede que esta omnipresença em jornais, em rádio e em televisões lhe deu uma tal notoriedade que o dispenso