São estas as jovens que temos ?!

Aproveitando uma meteorologia particularmente generosa, a minha Companheira e eu decidimos ir a almoçar na esplanada de um restaurante de excelente qualidade e de um certo nível social.

Sentados em frente um do outro, ficou a minha Companheira, nas costas dela, com cinco jovens de idades à volta dos 22 ou pouco mais: quatro raparigas e um rapaz. Em fim de estudos superiores, sem conseguirmos saber se seria na Universidade ou no Politécnico da cidade.

Pelo que pude ver, três das quatro raparigas estavam vestidas de maneira bastante descoberta acima da cintura! Uma dela dominava de certo modo a conversa. E, para além de um volume de voz que a fazia ouvir pelos restantes clientes da esplanada do restaurante, misturava a sua conversa uma vez e outra de “foda-se” e uma vez e outra de “caralho”! Anunciando que iria proximamente para Bordéus…

Antes de nós sairmos, aproximei-me da mesa dos jovens para dizer à menina que já tinha idade para saber qual era a diferença entre a terminologia de um dicionário de português corrente e a de um português ordinário quando outras pessoas desconhecidas estão presentes. E já que falara em ir para Bordéus, aproveitei para lhe dizer depois em francês que se lá empregasse este tipo de terminologia, seria considerada como “racaillde” infrequentável!…

Ela não abriu boca. E o rapaz pretendeu dizer que eles não tinham incomodado a nossa mesa. Ao que eu lhe disse que não armasse em macho protetor das fêmeas! Ficou mudo. E a “conversa” ficou por ali…

Não é a primeira vez que na rua, oiço rapazes utilizar este tipo de terminologia, pouco incomodados com quem passa. Mas raparigas, num restaurante de certo nível, num espaço fechado, é a primeiríssima vez. E fiquei uma vez mais com a triste sensação que há demasiados jovens neste país que só sabem tirar proveito da parte sombria da liberdade, sendo incapazes de respeitar a convivialidade social e o respeito pelos outros…

Eu sei, porque tenho assistido demasiadas vezes a isso, que a maior parte dos portugueses se abstém de fazer qualquer reparo a este tipo de pessoas. Mas eu sou incapaz de fazer como se nada fosse comigo e como se a defesa do civismo em sociedade não me dissesse respeito…

 

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