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A mostrar mensagens de abril, 2025

Assim vai o país e o mundo

Os meus Leitores já perceberam que os telejornais da RTP obedecem a cinco caraterísticas   principais : • dar a preferência a um tema dominante que possa ocupar pelo menos uns 20-30 minutos do telejornal e melhor até se for mais do que isso, • escolher um tema que possa dar lugar a uma folhetinização durante vários dias, • privilegiar a partidarice política, o futebol e os faits divers, • construir o telejornal à base de declarações deste, daquele e de aqueloutro (chamando depois a isto "reportagens"), • quando se tratar de um tema político, estender o micro e a câmara aos representantes de cada um dos partidos políticos presentes na Assembleia da República (chamando a isto "informação pluralista"). Assim, o que estava atualmente a dar na alta conceção da não mesmo alta direção da informação da RTP Televisão desde segunda-feira de Páscoa era a morte de Jorge Mario Bergoglio (o papa Francisco). E a RTP mandou para Roma nada menos de 9 pessoas, das quais 4 jornalistas...

Uma vez mais a indigência habitual !

Pois é : aqueles "enviados especiais" da RTP a Roma continuam a propor-nos sequências antes do mais de diversão com a indispensável dose de emoção e de futilidades, num todo que sabe enfastiadamente a cozinha requentada. Com imagens repetidas um sem número de vezes, de modo a poderem preencher hoje uns 14 minutos na abertura do chouriço das 20h00… Os pobre franceses, eles, no telejornal das 20h00 (19h00 em Portugal) da France 2, tiveram direito à atualidade vaticana só já a meio da primeira parte do jornal (a segunda parte sendo num estilo magazine, hoje sobre as origens e a história de um ator de cinema), durante apenas exatamente 4 minutos e 50 segundos, com um primeira sequência de 2m30s sobre a atualidade do dia e uma segunda de 2m20s de vaticanologia com um especialista da matéria. Vemos e ouvimos a diferença entre duas televisões públicas. E há que ficar profundamente arrepiado com a indigência jornalística (se assim se pode chamar) da "nossa" RTP 1…  

Jornalismo e diversão

Tenho-me abstido voluntariamente de escrever sobre a maneira como o telejornal da "RTP", estação pública de um Estado laico, tem tratado o falecimento de Jorge Mario Bergoglio (dito Francisco). Hoje porém, deixem-me dizer o seguinte : no telejornal da pública "France 2" o tema só apareceu por volta das 20h18 (19h18 em Portugal) e ocupou 2 minutos. No telejornal da RTP 1 o tema foi uma vez mais a abertura do jornal e ocupou uns 18 minutos, com imensos bordados de futilidades e de nada, absolutamente nada de fundo sobre o personagem e sobre a atualidade e o futuro da Igreja católica. Para encher o chouriço quotidiano, a "RTP" mandou para lá (…para uma agradáveis férias em Roma !) nada menos de três jornalistas que manifestamente nenhuma competência têm em matéria de vaticanologia e de religião. Um trio que grosso modo até poderia dizer o que diz tendo ficado em Lisboa, a partir dos despachos da agências e do que dizem diários, rádios e televisões sobretudo i...

Isto não é jornalismo !…

Criaram-se hábitos em Portugal absolutamente inimaginável noutro país da Europa ocidental : em pleno telejornal das 13h00 da RTP 1 (absolutamente miserável hoje em termos técnicos), o primeiro-ministro decide fazer uma longa declaração de pura propaganda pessoal e partidária. E os chamados jornalistas servem-lhe a sopa fazendo interromper o curso do telejornal e transmitir a declaração em "direto"... Nada, absolutamente nada disto resulta de uma adequada prática jornalística ! Trata-se de simple canalização instrumentalizadora !...  

São estas as jovens que temos ?!

Aproveitando uma meteorologia particularmente generosa, a minha Companheira e eu decidimos ir a almoçar na esplanada de um restaurante de excelente qualidade e de um certo nível social. Sentados em frente um do outro, ficou a minha Companheira, nas costas dela, com cinco jovens de idades à volta dos 22 ou pouco mais: quatro raparigas e um rapaz. Em fim de estudos superiores, sem conseguirmos saber se seria na Universidade ou no Politécnico da cidade. Pelo que pude ver, três das quatro raparigas estavam vestidas de maneira bastante descoberta acima da cintura! Uma dela dominava de certo modo a conversa. E, para além de um volume de voz que a fazia ouvir pelos restantes clientes da esplanada do restaurante, misturava a sua conversa uma vez e outra de “foda-se” e uma vez e outra de “caralho”! Anunciando que iria proximamente para Bordéus… Antes de nós sairmos, aproximei-me da mesa dos jovens para dizer à menina que já tinha idade para saber qual era a diferença entre a terminologia de um ...