Média e jornalismo em democracia
J.-M. Nobre-Correia Será a informação a que temos direito de natureza a nos permitir ser cidadãos no mais amplo sentido do termo?… É preciso ler, ouvir e ver média de países da nossa própria área geográfica e cultural para nos darmos conta até que ponto a informação jornalística vai mal no “país à beira-mar plantado”. Ou melhor: não espreitá-los apenas de raspão, mas frequentá-los assiduamente com a devida atenção crítica. E procurar então compreender o porquê da situação em Portugal. Oh!, as insuficiências da informação jornalística vêm de longe, consequência de um velho país cedo ultracentralizado, vivendo durante séculos num analfabetismo largamente enraizado e naturalmente desprovido de preocupações culturais. A sua paisagem mediática nasceu assim disforme, praticamente circunscrita a uma estreita faixa do litoral Centro-Norte, tendo como ponto de apoio Lisboa e muito acessoriamente o Porto. Acrescentemos a tais dados de base o facto de os mecanismos de controlo da criação de n