A indispensábel saída do sectarismo

Chamem-lhe como quiserem : nova esquerda, esquerda radical, extrema esquerda… Embora a terminologia que eles próprios poderão escolher não seja indiferente, nem desprovida de significado junto do eleitorado…


Por outro lado, é historicamente bem sabido que esta área política adora a fragmentação e a incapacidade de se entender com organizações próximas ou até da mesma área.


No entanto, se se confirmarem os resultados da "primeira sondagem na crise", como lhe chama a CNN-TVI, que foi anunciada hoje, as organizações desta área política pouco peso terão : CDU 3%, BE 2,9 %, Livre 2,7 % e PAN 1,9 %. O que quererá dizer que nenhuma delas poderá ter um sério impacto junto de um PS anunciado com 28,8 %.

Uma desejável federação do BE, do Livre e do PAN poderia alcançar uns 7,5 %, embora seja verdade que este tipo de proposta única pode de facto traduzir-se num resultado global inferior (os eleitores de cada uma não se adicionam necessariamente), como poderá ao contrário traduzir-se num reforço dos votos recolhidos, os eleitores manifestando a sua esperança numa proposta alargada que lhe poderá dar credibilidade e peso político.


Se a esta federação viesse juntar-se a CDU numa aliança pró-governamental, a soma dos seus 10,5 % poderia ter peso junto do PS (28,8 %) e constituir uma verdadeira alternativa perante os 33,5 % da AD. A não ser que esta decida aliar-se ao Chega (13,5 %) ou/e à IL (6,7 %)…


Sair do sectarismo, reforçar posições e alargar horizontes é mais do que urgente num tempo em que, no plano europeu como no internacional, demasiadas nuvens negras inquietantes se anunciam no céu preocupantemente cinzento… A não ser que esta esquerda queira continuar a limitar-se a uma atitude de pura tribunícia !…

 

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