Os discretos talentos de um homem

J.-M. Nobre-Correia

Na brutalidade clássica das chamadas redes sociais, surge a notícia: faleceu o Diamantino Gonçalves! Assim: de maneira totalmente imprevisível, como só a Morte tem a ousadia e a cobardia de fazer. Quando até ainda há poucos dias o sereno sorriso (quase) permanente do Diamantino iluminava sempre os nossos encontros programados ou imprevistos…

Diamantino Gonçalves era um ser magnífico. Um apaixonado pela história local que o levava muito longe, bem para lá dos contornos naturais da Cova da Beira. Uma história sobre a qual pesquisava, dando-nos a conhecer documentos particularmente originais e de manifesto interesse. Mas era também e sobretudo um brilhante fotógrafo, pelos temas, os enquadramentos e a luminosidade que tinha o talento de escolher na sua captação das imagens.

Diamantino Gonçalves era também um homem de convicções fortes e afirmadas sem rodeios, perante o ceticismo e as opiniões eventualmente divergentes do seu interlocutor.

Diamantino Gonçalves fará falta a um Fundão que, de certo modo, não soube reconhecer toda a amplitude do que ele soube generosamente dar-lhe…

  

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