Isto de facto está espantoso!

J.-M. Nobre-Correia

Os bancos neste país estão de facto a funcionar de maneira bastante curiosa!…

Precisando eu que me prestem um serviço, apresento-me numa (chamemos-lhe) empresa. Anunciam-me que a prestação do serviço me custará 1 600 euros: 800 pagos por ocasião da primeira prestação e os outros 800 aquando da última.

Como o simples cidadão que sou não se passeia com 800 euros no bolso e como a dita empresa não dispõe de um terminal Multibanco, vou buscar as notas necessárias a uma daquelas máquinas incrustadas nas paredes que dão dinheiro (como dizia uma criança que eu conhecia)!

O problema é que só possível tirar de lá até 200 euros. Pelo que tenho que ir à sede local da Caixa Geral de Depósitos, a chamada “banca pública”. Onde, sem mo anunciarem, me fazem pagar uma “comissão” de 5,15 euros, o que descubro dias depois ao consultar a minha conta.

Passadas duas semanas, volto para tirar outros 800 euros. E fazem-me pagar uma nova “comissão” de 5,15 euros. Perante o espanto e a interrogação que formulei dizem-me que é …porque acedi à minha conta num balcão e não numa máquina Multibanco!

Em resumo: as máquinas Multibanco estão limitadas no montante que um cidadão pode de lá tirar (“é uma garantia para o cliente”, dizem eles!).  Pelo que o dito cidadão tem absolutamente que ir a uma agência do seu banco: “ousadia” pela qual lhe fazem pagar 0,64375%.

Decido então, por pura curiosidade, passar em revista o meu extrato de conta do mês passado. E lá vejo outras duas “comissões”, uma delas pela “manutenção conta”. Em resumo: eles utilizam o dinheiro que lá têm nosso para fazerem empréstimos pelos quais cobrem taxas mais ou menos elevadas. Quando não “desculpam” milhões e milhões que emprestaram a escroques, cujo nomes aparecem raramente na nossa abençoada imprensa.

Quer dizer: uns pagam e outros aproveitam! Mas esta prática parece-lhes normal por parte de um banco dito “público”? Confesso-lhes que isso me indispõe como defensor, por princípio, dos serviços públicos, dos quais me faço, no entanto, uma ideia diferente…

  

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