A lucidez, a coragem e o alarmismo

J.-M. Nobre-Correia

Falei longamente neste últimos três dias com três velhos amigos belgas : um professor universitário de história, um professor universitário de sociologia e um jornalista-realizador de rádio e de televisão.

Todos me manifestaram simpatia pelo atual vice-primeiro-ministro e ministro federal belga dos Assuntos Sociais e da Saúde Pública, Frank Vandenbroucke, pela sua "lucidez e coragem" ao ter mantido — contra ventos e marés — a vacinação com a vacina Astra Zeneca.

Antigo ministro em várias ocasiões e antigo presidente do Socialistische Partij Anders (SPA), o partido socialista flamengo, Vandenbroucke foi chamado pelo seu partido para sair da situação de reformado e assumir a difícil situação sanitária da pandemia.

Felizmente que Vandenbroucke não teve e não tem que enfrentar no dia-a-dia da sua ação governamental o nefasto regime permanente de campanha das televisões portuguesas! Em terras do “Plat Pays” (de Jacques Brel) pratica-se jornalismo!

Quero aqui fazer um reconhecimento: o de ter lido aqui mesmo, no Facebook, o apontamento do médico pneumologista Rui Melo Pato (que é também o músico violista Rui Pato) dizer que a campanha contra a vacina da Astra Zeneca era absurda e que esperava que ela voltasse rapidamente fazer parte do plano de vacinação.

O seguimento da história deu razão ao Doutor Rui Melo Pato. E nós vamos esperando que os nossos telejornais venham enfim a fazer um jornalismo mais responsável e muito menos alarmista!…

  

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