O que se decide vir a ser…
J.-M. Nobre-Correia
Leitor diário do parisiense “Le Monde” há 55 anos — e de muitos outros jornais de diferentes países europeus, mas não de maneira contínua durante tantos anos —, leio nele regularmente algumas rubricas (nomeadamente crónicas e editoriais).
Uma rubrica semanal, que data de há pouco anos, intitula-se: “Je ne serais pas arrivé(e) là si…” (“Não teria chegado lá se…”), uma entrevista íntima mas discreta com uma personalidade que nos dá a conhecer um percurso de vida, as razões de um sucesso. Rubrica que leio frequentemente.
Na edição de hoje de “La Matinale du Monde” (a edição matinal digital do jornal), a entrevistada é uma “cheffe” francesa, proprietária de sucesso de dois restaurantes em Los Angeles. Uma criança de orfanato, adotada por um casal bretão.
E a entrevista termina assim, com as suas palavras: “Ce n’est donc pas d’où on vient qui importe. C’est ce qu’on decide de devenir”. Não é pois de onde se vem que importa. É o que se decide vir a ser”. Bela conclusão e belo princípio de vida, acho eu…
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