Dos folhetins e dos bombos

J.-M. Nobre-Correia

No jornalismo-à-portuguesa, os média adoram os folhetins (covid, Ucrânia, Palestina, demissão do primeiro-ministro…) com longos, longos e sucessivos episódios, os folhetins seguintes fazendo largamente esquecer os folhetins anteriores. Mas os ditos média adoram também os bombos da festa.

Depois de J. A. Azeredo Lopes e Eduardo Cabrita, houve o pobre João Galamba sobre o qual batiam sem piedade há um horror de tempo, escandalosamente inspirados pelo residente incontinente em Belém sem a mais elementar vergonha.

Em seguida foi a vez de António Costa, numa manobra concertada entre uma justiça escandalosamente incapaz e o mesmo residente incontinente. Mas, em termos pessoais, a manobra parece ter-se seriamente esvaziado e feito psichtt (como diria o falecido Jacques Chirac)…

Agora é Mário Centeno que é transformado em bombo da festa, como já o tinha sido quando foi da sua nomeação para o Banco de Portugal…

O jornalismo-à-portuguesa precisa de folhetins e de bombos da festa. Pensando conquistar assim audiência. Quando perde sobretudo credibilidade…

 

Comentários

  1. Gostei imensamente da sua postagem! Sua perspectiva é valiosa. Continue postando!

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