Como eles entendem e lhes apetece…

J.-M. Nobre-Correia

Boa parte, senão a grande maioria dos jornalistas em Portugal tem uma estranha conceção da chamada “liberdade de imprensa” e mais propriamente da liberdade de informar !

Para eles, isto significa muito simplesmente que têm o direito de viver numa espécie de extraterritorialidade em relação aos mais elementares princípios da legalidade democrática.

Mais do que isso : que têm o direito de escrever e dizer o que muito bem entendem e lhes apetece, sobre as pessoas e os acontecimentos, numa total e garantida impunidade. O direito de se afastarem sem escrúpulos do rigor dos dados factuais ou de ousarem interpretações desprovidas de independência e marcadas pela ideologia.

Estranha conceção da democracia e do Estado de direito que reina no seio “da classe”, como eles se designam ! Mas ai de quem queira exercer o seu elementar direito de crítica serena e argumentada, que será imediatamente acusado de querer fazer censura ou de pretender restringir a sagrada e sem-limites “liberdade de imprensa”…

 

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