Já é tempo, mais que tempo!…

Quando é que as rádios e as televisões deste país param de estender diariamente, em todos os jornais, os micros e as câmaras a todos os mais diversos representantes de ordens, associações e sindicatos de médicos e enfermeiros em procura da notoriedade pessoal e de instrumentalização “engagée”?

Quando é que os jornalistas passarão a documentar-se devidamente e irem para “o terreno” para fazerem (verdadeiras) reportagens e (verdadeiras) entrevistas que nos permitam compreender o que se passa? O que se passa não só em termos negativos, catastróficos, mas também em termos de iniciativas positivas, prometedoras?

Quando é que os jornalistas das rádios e das televisões deste país vão deixar de anunciar dados novos da pandemia em termos de resultados de futebol? E deixarão de falar em termos ansiogénicos de caos, de pânico, reforçando irresponsavelmente o clima depressivo em que vivemos?

Quando é que, um ano depois, os jornalistas deste país se decidem fazer um balanço crítico do que foi a prática jornalística deles em matéria de pandemia? E tentam depois aprender alguma coisa com a quantidade de erros, de aproximações e de falhanços em série, tantas vezes alarmistas, que cometeram?

Já é tempo, mais que tempo, que os jornalistas deste país pensem como cidadãos responsáveis, respeitadores dos outros e da vida em sociedade! E não em termos de sensacionalismo e de procura, quantas vezes?, de falsa exclusividade?!…

  

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