Quando o inquilino de Belém é incapaz de se calar…

J.-M. Nobre-Correia

Ontem, uma vez mais, o inquilino de Belém teria feito bem em ficar calado. Mas, é bem sabido que ele é incapaz de deixar de abrir a boca, e quantas vezes “ou entra mosca ou sai asneira”. E ontem saiu asneira em vez de ter tido a lucidez de fazer a declaração que se impunha…

Claro que, como é sabido, os nossos deliciosos média põem sistematicamente em evidência um presidente que manifestamente não respeita a Constituição, ultrapassando os poderes que lhe são conferidos, e que não respeita sobretudo os poderes constitucionais do governo.

A acreditar nos nossos média, é o inquilino de Belém que decide a maior parte daquilo que é de facto constitucionalmente decidido pelo governo. Até porque ele e os serviços da presidência se arranjam para fornecer “a papinha feita, pronta a consumir” de que os média tanto necessitam, boa parte dos jornalistas não tendo sequer consciência de estarem a ser instrumentalizados…

Até temos mesmo uma maravilhosa RTP Televisão a repetir em dias diferentes a sequência com as inadmissíveis declarações do tal refugiado ucraniano, que deveria prioritariamente respeitar a história e a legalidade do país que o acolhe (Eu fui refugiado político e vivi mais de 45 anos num país estrangeiro para saber dos princípios elementares de que falo a este propósito)…

O Senhor refugiado ucraniano, que vem de um país que antes da guerra nunca foi um modelo de democracia liberal, deveria saber que o PCP é o mais velho partido político português ativo e aquele que foi a principal força de resistência ao salazarismo. E escrevo isto quando nunca fui militante do PCP, nem sequer seu compagnon-de-route, nem dele nem aliás de qualquer outro partido político português ou belga…

 

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